sábado, 24 de julho de 2010 10:41
Eu e você.
24 de Outubro, 1989
Querido amor Harry,
No instante em que você abrir esta carta, saberás que não estou entre você. Estou a dois meses com uma folha em branco sempre na cabeceira da cama e nunca consigo escrever nada de convincente que me faça passar a real falta de que eu sentirei por ti.
Peço que não ache um tanto estranho e fora do comum que depois que eu morresse te deixasse uma carta no seu 40° ano de vida. Pois era como costumávamos dizer: "Assim que fazemos quarenta anos , é como se nascêssemos novamente, e passaremos para uma fase melhor ainda do que já vivemos."
Mesmo não estando com você nesse momento, quero lhe dizer com minhas miseras palavras que tudo que passamos juntos, nosso momentos na juventude e todos os problemas familiares só me deixaram a maior certeza que tenho na minha vida, e é claro, na minha pós-vida.. que é que mesmo distante, que mesmo sem nenhum motivo oculto, o amor, supera tudo! E quero tambem, que você não se prenda a uma pessoa "morta", quero que viva a sua vida.. como se eu estivesse ai. Nenhuma pessoa ocupará meu espaço de mãe e esposa, eu sei, mais preciso que você continue sua vida feliz.
E nesses quarenta anos de vida, desejo a você, o maior amor do mundo. Aquele que eu dei e com certeza virá uma pessoa tão boa quanto para te dar um maior ainda.
Tenho você comigo, ali e aqui. Você é e sempre será a minha maior paixão.
Com amor e carinho, Mary.
Obs: Pauta para o Projeto Bloíquês.
"Edição Cartas.
"